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Prêmio Lúpulo de Ouro 2023 com La Biere Hop Cast, Brassagem Forte e Surra de Lúpulo

ONDE OUVIR:
Imagem de capa do post com uma tampinha de garrafa dourada e escrito Prêmio Lúpulo de Ouro 2023, abaixo o nome dos convidados ilustres

O programa de hoje do Surra de Lúpulo é épico e não falamos isso só porque estamos entregando as medalhas dos vencedores do Prêmio Lúpulo de Ouro 2023. A verdade é que hoje, fizemos a grande fusão dos podcasts cervejeiros para nos acompanhar na entrega das medalhas! Pode entrar Henrique Boaventura e Estevão Chittó, do podcast Brassagem Forte e Nanda Alfigue e Gleison Silveira, do La Biere Hop Cast.

Ouça o episódio na íntegra:

 

🏆 Prêmio Lúpulo de Ouro 2023 🍻

 

Foto de close em vários lúpulosO Prêmio Lúpulo de Ouro foi criado em 2020 para comemorar o aniversário do podcast Surra de Lúpulo, com a intenção de reconhecer as cervejarias e negócios cervejeiros que estavam lutando para se manter na pandemia. As regras são simples: Ganha quem tiver mais votos e, para isso, cada indicado tem direito de fazer campanha. A grande graça do nosso Prêmio é ser lembrado e indicado pelos nossos jurados e juradas. Afinal, estamos aqui para prestigiar todos que agregam ao mercado cervejeiro como um todo.

 

Nesse ano, tivemos 7 jurados no total, sendo 5 jurados profissionais (um de cada região do país) e Ludmylla e Leandro, apresentadores do Surra. Os jurados e juradas profissionais foram: Bárbara Soares (Centro Oeste), Evy Lins (Norte), Gil Lebre (Sudeste), Franchesca Toneti (Nordeste) e Fernanda Salviano (Sul).

 

◾️ Sobre as categorias do Prêmio Lúpulo de Ouro 2023

 

O que é pra vocês uma cervejaria hypada? 

 

Henrique em 11’18’’: Primeiro de tudo, a gente confunde hype com moda e, originalmente, são coisas diferentes. Uma coisa que é tendência não necessariamente é tão boa assim. O hypado é aquilo que é moda, mas que não é tão bom assim. Passando por isso, a cervejaria hypada no Brasil é a cervejaria que faz Russian Stout, Double Haze e vende pequenas a médias quantidades por preços exorbitantes. É um modelo que está consolidado no mercado brasileiro, sem julgamento de valor. Mas se vocês entrarem no top 50 da Untappd hoje, vão ter cervejarias novas, assim como tinha a três meses atrás. Toda semana aparece uma cervejaria nova com poucos check ins, galera fazendo russian stout, hazy double, smooth sour, e isso vende. É moda e bomba nas redes sociais. Não tem nada a ver com qualidade. O ponto é esse. Você entra na Untappd e tem uma Pilsner Urquell com nota 3.4, e as Check Pils tem uma nota 4 e alguma coisa. Mas nem se eu nascer de novo consigo fazer uma cerveja melhor que a Urquell. Enfim, o hype pra mim é um erro. Ainda defendo que tratar cerveja como um líquido sagrado, de ouro, acaba aumentando a segregação entre consumidor com alto poder aquisitivo e baixo poder aquisitivo. Mas a gente entende, que com o capitalismo, é assim que as cervejarias fazem dinheiro.

 

Nanda e 13’32: Acho que o hype é diferente do que tá na moda. Mas a questão também é saber quem faz o hype, quem fala “aFoto de uma mão abrindo uma garrafa de cerveja. A espuma está saindo, a imagem dá um pouco de sede. cerveja hype do momento vai ser a lager”. A gente precisa entender isso pra poder responder. O hype mais atrapalha quem tá vendendo cervejas clássicas do que ajuda. Mas por outro lado, ajuda quem está começando a entender o que está vendendo mais. É contraditório, mas são dois pesos e duas medidas. Mas ainda tô concordando ainda mais com o Henrique de que o capitalismo venceu. O valor final acaba valendo muito mais do que quem produz. Quem faz o hype precisa pensar que existem dois lados, dois públicos diferentes.

 

Gleison em 15’41’’: A questão não é “don’t believe the hype” é contestar o hype. É o que a e. está promovendo o hype, de onde você está consumindo que tal cerveja é a tendência? É aí que a gente tem que colocar um pouco de atenção. Ao mesmo tempo que temos cervejas hiper caras de 60, 80, 100 reais o litro, você tem o hype das ruas que é muito orgânico. Aqui em BH, a gente vê uma cervejaria hypada em bares populares. Aqui atrás de mim tem a amora sour do Pedroza Craft que custa menos de 20 reais a garrafa. Então, o que acontece nessa camada social que consome cerveja artesanal em belo horizonte, que tá envolvida com hip hop, skate e cerveja de rua. Ela é hypada em um nicho. Mas claro que se for comparar em outra cidade, ela não vai ser hypada. Então quem diz o que é o hype? É o instagram, o untappd? Não sabemos. 

 

Leandro complementa que o hype são as cervejas que estão por dentro do debate, sendo assunto das rodas de conversa, e concorda também com o ponto levantado por Gleison sobre hype depender do nicho.

 

Chittó, você que é o cervejeiro profissional da mesa, qual a sua percepção sobre a crescente, porém ainda pequena participação feminina como mestres cervejeiras?

 

Chittó em 24’25’’: É um tema sério. Primeiro de tudo, o óbvio precisa ser dito, que quase não tem cervejeiras no mercado. A proporção é ridícula. E o mercado perde. Diversas pessoas que estão fora do mercado, diversas mulheres que não tem acesso ou não têm oportunidade que poderiam estar produzindo cervejas fantásticas. E gostaria de lembrar que estamos aqui num podcast de cerveja ao fim porque a gente gosta de cerveja, se não tem cerveja boa pra tomar não faz sentido ter os podcasts. Então pra começo de começo de conversa, a gente perde. 

 

Chittó conta que perguntaram a ele, há muito tempo, se ele enxergava preconceito no mercado cervejeiro e sua resposta, na época, foi negativa. Desde então, ao sair de sua bolha, ficou cada vez mais evidente que sim, existe preconceito e que isso precisa mudar. Nosso convidado reforça que todos precisam ajudar para essa mudança. 

 

Nanda em 25’50’’: Deu uma melhorada, mas ainda é muito pouco. Acredito que deve ter muitas mulheres que são super competentes e fizeram curso de produção e que não tiveram oportunidade. E com certeza é pelo preconceito. O mercado como um todo precisa abrir esse espaço não só para produção, mas também para sommelieres. Até tem muito mais mulheres sommelieres, mas o número em produção deveria se igualar. Porque não é só a questão da produção, tem o lance do machismo que é algo estrutural do mercado. E antes de melhorar no meio cervejeiro, deve melhorar em outros âmbitos.

 

Como era a profissionalização da profissão de mestre cervejeiro quando você começou e como é hoje? 

 

Foto de uma cervejeira analisando a produção de cerveja em fábricaChittó em 30’47’’: Quando eu comecei profissionalmente, quase tudo era mato. Tinham sei lá cento e poucas cervejarias no país, não tinha formação no brasil, não tinha blog, não tinha podcast, não tinha nada. quem conseguia conteúdo conseguia conteúdo em inglês, tradução de internet tosca ou algumas poucas pessoas iam fazer curso fora ou curso de vassouras, curso técnico profissionalizante. Mas esse cenário mudou e hoje tem diversas escolas cervejeiras e tem curso pra tudo agora, cervejeiro caseiro, mestre cervejeiro, e com oferta de mão de obra as cervejarias têm buscado profissionais qualificados.

 

Henrique em 32’20’’: Tem uma coisa bem interessante ligada ao que a Nanda e o Chittó falaram. Que nos EUA dizem que a cena caseira é o motor da cena cervejeira como um todo, e criam estilos novos, cervejarias novas etc. E aqui no brasil, isso parece um pouco discrepante. Apesar de que a gente tem cervejeiras caseiras incríveis, como a Cíntia, a Wellyta, que são cervejeiras de mão cheia. A Wellyta tem uma cervejaria em casa que eu invejo e a galera produz muito. Usando essa frase do mundo caseiro (homebrew) ser o motor da cena cervejeira, a gente precisa continuar incentivando que essas pessoas, não somente um monte de homem branco, estejam lá. Essas pessoas vão continuar fazendo cerveja. Mas a gente precisa criar um espaço para que essas outras pessoas se sintam incluídas, se sintam à vontade para mergulhar no hobby, se aprofundar e pegar um diploma. A gente tem que abraçar dos dois lados.

 

Gleison em 34’03’’: Só pra citar o que vocês falaram, de tentar sempre trazer mais mulheres. É um trabalho, uma via de mão dupla, e a gente tá produzindo aqui pra quem tá ouvindo e pedimos que vocês dialoguem com quem a gente trás. Vá na cervejaria das convidadas que vem no Surra, no La Biere, no Brassagem… A gente como informador, divulgador, é que a informação chegue a alguém que de fato vá lá na cervejaria e dê dinheiro para essas pessoas. 

 

Chittó diz que está super honrado pelos prêmios que venceu até agora e nós, do Surra de Lúpulo, prometemos que não foi marmelada! 

 

Nanda, o quanto você acredita que cursos cervejeiros contribuem ou atrapalham no momento de ampliar e incluir mais pessoas no mercado?

 

Nanda em 38’53’’: Conhecimento é importante, né, já diria ET Bilu. O lance é que tem muitas escolas de sul e sudeste e tem poucas escolas de norte e nordeste. Você dar aula de sommelier online dá muita treta. Eu estava conversando com a Jacky da escola mineira de sommelieria porque ela tá investindo nisso e diz que é muito puxado, você tem que ser muito criativo, você tem que se virar nos trinta pra passar o conhecimento pras pessoas. Você tem que fazer com que elas entendam só de assistir ela. E o estudo no meio cervejeiro é muito caro e o retorno costuma ser baixo, porque existe um pouco de amadorismo em diversas áreas do meio cervejeiro que não depende só do ensino e sim das pessoas estudando e das pessoas que estão no mercado. Existem excelentes profissionais. Só esse lance do amadorismo precisa diminuir e o alcance da profissionalização que precisa aumentar. Tem gente que consome cerveja em muitos lugares do Brasil. Por que não tentar levar isso para essas regiões? 

 

Lud complementa que a inclusão está muito associada a entender o momento em que cada pessoa vai usar o curso, como hobbysta ou sommelier. Leandro segue concordando e avisa sobre a necessidade de uma nova onda de consumidores do mercado cervejeiro, porque o consumo dos early adopters não será o suficiente para erguer financeiramente as contas dos produtores.

 

Henrique em 43’31’’: Perfeito, Leandro. Agora precisamos casar esse cenário com um mercado onde tudo é muito caro. Se aFoto de quatro amigos bebendo no balcão de um bar. Estão brindando e rindo, temos uma pessoa preta, uma pessoa com deficiencia usando protese na perna, uma mulher de pele branca e um homem de pele branca com uma bengala. Todos seguram um copo de cerveja cheio produção foi 10 e tem gente pagando 80, vai custar 80. É isso o que vai acontecer. Aí você junta isso, e realmente houve um boom de escolas cervejeiras Brasil afora, e com certeza até centro-oeste, porquê norte e nordeste não tem tanta abrangência.  Mas também tem muita coisa ruim, aproveitando o hype e a modinha e os early adopters, surgiram mil cursos prometendo muita coisa, prometendo a mesma coisa que cursos que entregam mais conteúdo, que tem pessoas realmente muito mais dedicadas a dar aula. E acho que é esse momento que a gente tá passando agora, e a decadência de alguns cursos é um demonstrativo que as pessoas estão pensando duas vezes antes de pagar e a pessoa pensar é, vou ser sommelier, vou mudar a minha vida. Não é só tirar uma foto e postar no instagram para se dizer um profissional cervejeiro. 

 

Gleison em 45’02’’: Os cursos intermediários fazem muita falta no mercado. Eu fiz o curso Beer Expert do The science of beer, paguei ¼ do valor do curso de sommelier, que o chitto deu aula inclusive, e foi um curso maneiro pra caramba! Era o que eu precisava naquele momento. Achei maravilhoso, me cativou e eu saí com a certeza que queria ser sommelier. Tive condição de pagar. Mas aí, todos sabemos que o youtube é a BARSA do mundo moderno, né? Gente, pelo amor de deus, ninguém vai pagar 4 mil reais por conteúdo que está gratuito no Youtube. Porque quem sabe procurar, quem consome o nosso conteúdo, pode esbarrar num conteúdo foda do Youtube. Ao mesmo tempo que a experiência pessoal de experimentar cerveja com uma pessoa e poder trocar com ela é algo que o EAD não consegue atingir. Você estar com a pessoa, tomando uma cerveja, olhando no olho e debatendo sobre, isso é rico demais.

 

Chittó em 47’32’’: Concordo muito com o Gleison que os cursos intermediários fazem uma diferença enorme. A primeira turma do Beer Expert, pra mim, dar aula foi bizarro porque tinham cerca de 200 e 300 pessoas, foi absurdo. E tem muita escola que oferece curso intermediário, mas aí a gente cai naquela coisa de ser presencial. E com a pandemia muita coisa de educação foi pra internet, a escola superior de cerveja e malte faz cursos híbridos desde 20017. Não tem como fugir da internet. E quando a gente faz conteúdo e precifica de acordo com a internet, não é a mesma coisa… Porque é dinheiro só na entrega das cervas. Não é a mesma coisa. 

 

Gleison, hoje existe uma fragmentação da informação. Ainda é possível organizar e separar mídias de pessoas?

 

Gleison em 53’04’’: Não. Não existe desassociar figura e mídia atualmente. E cada vez mais vai haver menos desassociação. As coisas estão muito linkadas às pessoas e às pessoas. Claro que muitas vezes não é exatamente aquela pessoa que é a pessoa da mídia, mas algum fragmento daquela personalidade vai estar na comunicação dela.

 

Chittó em 53’41’’: Acho que tem níveis. Se a pessoa faz isso profissionalmente, se a pessoa está na mídia profissionalmente com alcance decente [sem ser uma crítica a nós porque a gente não conta], mas se você está na mídia de verdade não tem como separar. Cada vez mais, a gente consome as pessoas. […] O nosso nicho quer falar com as pessoas reais, não quer falar com avatar ou alter ego que a pessoa finge ser durante 50 minutos de podcasts. Nós temos apoiadores e fica muito nítido se a gente não for as mesmas pessoas. As pessoas vão ver as falhas acontecendo ao vivo, e as pessoas gostam porque se identificam, elas acompanham porque gostam de quem somos. E as pessoas que conseguem essa interação com seu público alvo são pessoas reais e não fabricadas.

 

Nanda em 55’30’’: Geralmente quando a gente vê alguém falando de um tema que a gente se interessa, tem essa identificação que você falou. E a identificação e autenticidade estão bem conectados. E tem pessoas no meio cervejeiro que se comunicam muito bem. Tem coisa que rola identificação não só da pessoa falar, mas também do conteúdo que ela produz. E é muito difícil produzir conteúdo, a gente aqui produz conteúdo e tem gente que pergunta ah por que não postou mais? Por que não dá, é algo que requer muito do nosso tempo. […] Pras pessoas que vão receber esse prêmio, vocês merecem o mundo! O meio cervejeiro merece pessoas que trazem conhecimento de qualidade.

 

Henrique, o que faz uma boa participação num programa sobre cerveja? 

 

Quatro amigos tiram uma selfie enquanto bebem cervejas de estilos diferentesHenrique 1 ’00″08: Certamente uma boa participação tem que ter química, sinergia, encanto magia, tem que rolar alguma coisa. A gente vive hoje na era da storytelling, a informação sozinha já não é mais o suficiente. Eu e Estevão a gente fala sempre de um podcast, que esqueci o nome, que o conteúdo é genial, mas a condução é horrível, a produção é horrível. Mas o conteúdo é ótimo! E aí a gente precisa passar pelo esforço cognitivo para filtrar o conteúdo. Tem que fazer a mensagem chegar. Se a mensagem não chegar, ela falha. Se não tiver química, fica nítido que está acontecendo de forma artificial, travada. E a comunicação precisa disso, sinergia e respeito de opiniões. Se houver uma discussão e as pessoas conseguirem sair desse papo se respeitando e ainda com suas próprias opiniões, é ótimo.

 

Chittó complementa que o “condutor da comanda” (condutor do programa) precisa estar atento a todas as partes chatas do papo de bar, como a duração de cada resposta, quanto tempo terá o episódio e além disso, manter a galera da mesa cativada. É um desafio. Nanda diz que para escolher um bar que traz uma atmosfera legal, fazendo um paralelo aos podcasts, as pessoas vão pela identificação. A troca vai além do que a pessoa está ouvindo porque ela continua seja no grupo do Telegram ou nos comentários do Instagram. 

 

 

Vamos falar como aconteceu a criação e manutenção e formação das comunidades dos nossos podcasts?

 

🎧 BRASSAGEM FORTE 

 

Henrique em 1’12’’53: O Brassagem surgiu de uma necessidade que a gente tinha no início da cena cervejeira caseira, que no Brasil não tinha conteúdo. A gente se inspirou no Brewstrong, e nos inspiramos nos criadores do programa. A gente queria trazer isso pro universo que a gente estava inserido. Estevão já era foda, e eu estava estudando. E a gente pensou “bora fazer enquanto for divertido e enquanto for nós”. E agora estamos fazendo 6 anos de podcast falando de cerveja, se encontrando semanalmente e se divertindo. A gente sempre fala a mesma coisa quando se vê, que é muito bom te ver e estar aqui contigo. E é muito bom ver o pessoal que acompanha, que está aqui desde o início quando a gente ainda segurava celular, e é a gente, somos nós mesmos, não é personagem. A gente é exatamente desse jeito. 

 

Chittó em 1’15’’24: Apesar da gente curtir muito gravar, ter toda essa galera nos acompanhando e ter o grupo de apoiadores é algo que dá um gás ímpar. Quando estamos falando de técnica, insumos, produção de cerveja, o grupo além de ser muito rico em contribuições de mais diversas pessoas, ainda é um espaço que eu tenho muito orgulho de dizer que as pessoas se sentem acolhidas. Volta e meia dá uma treta no mercado cervejeiro e nada disso chega no nosso grupo, as pessoas se respeitam e sabem os limites dos outros. Essas pessoas lindas e maravilhosas fazem nossos dias muito mais felizes e só tenho a agradecer a essa galera.

 

🎧 LA BIERE PODCAST

 

Gleison em 1 ’16″34: A gente começou como uma banda, né. Uma banda de dois, eu e Daniel Soares distribuindo pílulas de curiosidades sonoras sobre cervejas, em palcos de bares em BH, cantando “eu gosto mesmo é de IPA”. E as pessoas se perguntando “o que esses caras estão falando?”. Porque a gente começou a tocar em boteco que nem vendia IPA e isso foi o mais legal desse começo. Com a pandemia a agenda de shows caiu, e a gente quis resgatar um anseio que eu tinha há muito tempo que era fazer rádio, já fiz rádio, rádio comunitária de Jacarepaguá. Eu era um moleque falando com ídolos assim com um inglês paupérrimo, mas foi muito bom. E eu quis resgatar isso fazendo o podcast, fazendo na marra, raça total, que o primeiro episódio foi uma ligação telefônica. A evolução do podcast La Biere foi a mesma da banda, que é fazer um clash of clans com as pessoas. Fazer as pessoas se encontrarem e debaterem sobre esses temas. A gente recebe músicos e ensina o cara sobre cerveja, daí recebemos cervejeiros e falamos sobre música.  Isso é curioso, divertido e é o que a gente quer colaborar pro mercado da cerveja – que a gente entende que é um grande guarda-chuva da cultura, né. Cerveja e gastronomia, e gastronomia é cultura. Com o La Biere funciona assim, música, cerveja e comunicação e tudo o que está ao redor disso. E sobre a comunidade de apoiadores, é uma galera que apoiava muito a gente em BH por causa da música porque é um rolê difícil de se fazer, é complicado e ao mesmo tempo muito apaixonado. É um negócio meio guerrilha, de colocar a cerveja na mão da pessoa e com calma, parcimônia e educação ir explicando sobre o que está acontecendo. E a gente viu isso acontecendo em BH, a evolução do mercado cervejeiro e tal. E a comunidade de apoiadores é uma família.

 

Nanda em 1’19’’34: Eu comecei a seguir o La Biere através da música, eu não conheci através da cerveja e isso foi uma coisa doida. […] Aí eu vi um stories falando sobre cerveja, fui ouvindo os episódios e comecei a gostar. Aí virei apoiadora, e nisso que eu virei apoiadora, eu participava muito. Aí, o Gleison fez o convite para participar num episódio com a Bia Amorim e com a Silene e eu pensei “não tenho nem roupa pra isso”. Duas mulheres fodas, premiadas! E aí eu fiquei bem nervosa, e sempre fiquei muito no backstage. E falar, pra mim, sempre foi um problema por eu ser uma pessoa tímida. E eu me senti acolhida pelo grupo de apoiadores porque é uma galera do brasil todo, e é uma galera muito gente boa. E a gente não fala só sobre cerveja, a gente também fala muito de música. E meu perfil pessoal eu falo muito de música, e o Gleison brinca falando que eu sou praticamente a persona da La Biere que gosta de comunicação, música e cerveja. E essa identificação com o podcast e com a galera, eles foram me abraçando, e o Gleison foi me convidando a participar. Esse acolhimento é muito presente. Quando tem muitas pessoas, sempre vai ter briga, mas mesmo tendo discussão a gente consegue lidar, resolver. Essa comunidade é um dos orgulhos assim, porque se não fosse essa galera… É uma galera que apoia mesmo, não é só o nome do apoiador, eles gostam e apoiam mesmo. Sou muito grata pelo convite.  

 

🎧 SURRA DE LÚPULO

 

Leandro em 1’22’’22: A gente tem uma relação de mão dupla, que pelo menos daqui eu tenho certeza, que é muito íntima com os nossos mecenas. A gente agradece a cada novo participante que entra e ficamos muito felizes quando eles entram no grupo porque é um novo ponto de vista de pessoas que entram ali para somar muito. A gente tem um mecenas de 18 anos que se afastou porque precisa estudar loucamente. E isso pro nosso mercado tem um valor gigantesco porque trás uma visão diferente da nossa, de 40+ anos. E falando sobre treta, no nosso grupo a gente trás a treta pra debater no clima de tentar compreender a treta, pra entender o que tem ali, e não no martelo de julgar. Eu acho isso muito rico, e eu leio todas as mensagens, e às vezes eu não to conseguindo responder, mas virei aquele cara que deixa o joinha, o coraçãozinho. 

 

Ludmylla em 1’24’’25: Os mecenas são um elixir da juventude. Toda vez que eu penso “vou parar” vem alguém falando “não lud, isso aqui foi muito legal”. Eles fazem a gente entrar naquela empolgação de novo. E vou confessar que o começo desse ano foi muito difícil e deu vontade de chutar o pau dessa barraquinha e falar “chega, vá a merda”, mas quando eu to lá no grupo do mecenas dá uma paz. São três anos de Surra de Lúpulo com muita entrega, muita maluquice, não sei se teremos prêmio ano que vem. Mas é um prazer tremendo ter todos vocês aqui. 

 

Vencedores | Prêmio Lúpulo de Ouro 2023

 

🏆 Mais Hypada:
1. Cervejaria Suricato;
2. Cervejaria Trilha;
3. Spartacus Brewing;

 

🏆 Mais Inclusiva:
1. Cervejaria Dádiva;
2 Cervejaria Implicantes;
3. Nefasta Bar;

 

🏆 Melhor Cervejaria:
1. Cervejaria Suricato;
2. Zalaz Brasil;
3. Spartacus Brewing;

 

🏆 Melhor Cervejeira:
1. Marina Pascholati;
2. Camila Goi;
3. Júlia Quadros;

 

🏆 Melhor Cervejeiro:
1. Estevão Chittó;
2. Rudy Fávero;
3. Cassio Vallinotti;

 

🏆 Melhor Escola Cervejeira:
1. Academia da Cerveja;
2. Escola Superior de Cerveja e Malte;
3. Science of Beer;

 

🏆 Melhor Veículo Cervejeiro:
1. Revista da Cerveja;
2. Guia da Cerveja;
3. Cerveja em Foco;

 

🏆 Melhor Brewpub:
1. Goose Island;
2. Roister;
3. EAP;

 

🏆 Melhor Participação no Surra de Lúpulo:
1. Bia Amorim;
2. Xico Sá;
3. Bárbara Soares;

 

🏆 Melhor Personalidade cervejeira:
1. Bia Amorim;
2. Alexandre Bleed;
3. Gabriela Lando;

 

 

🎉 Parabéns a todos os vencedores e indiciados ao Prêmio Lúpulo de Ouro 2023. Agradecemos o apoio de todos que ajudaram a fazer a premiação esse ano ser uma realidade. Agradecemos imensamente, também, aos podcasts Brassagem Forte e La Biere Hop Cast, além de todos os nossos jurados que tiveram um papel fundamental de pesquisa. Obrigada e até a próxima!

 

👉 Escute também: Confrarias femininas com Beatriz Pimenta (Confradelas)

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🍺 O que bebemos durante o programa? Nanda bebe Fake IPA, da Prussia Beer, Gleison bebe Cosmoglitch, da Prussia Beer. Henrique bebe água. Chittó bebe água. Lud bebe Flêtcha-Flêtcha, da Suricato. Bulkool bebe Montinho, da Prussia Beer.

👑  SURRA DE LÚPULO é apoiado por MECENAS EMPRESARIAIS, VIVEIRO VAN DE BERGENCERVEJA DA CASACERVEJARIA UÇÁ , PRUSSIA BIER IRIS  PAY e RAMBEER.

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