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Podcast “Surra de Lúpulo”, ep. 66: produção de cerveja caseira com Mariana Astolfi

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No episódio 66 do nosso podcast sobre cervejas artesanais, Surra de Lúpulo, falamos sobre produção de cerveja caseira com Mariana Astolfi. Home brewer, beer sommelier e youtuber, a dona do perfil no Instagram Confia na Mari, contou como começou essa paixão e deu dicas para começar sua própria produção em casa.

Descobrindo a cerveja caseira

Com 29 anos, Mari descobriu esse novo mundo aos 23, graças ao seu noivo Guilherme. No primeiro encontro do casal, ela viu o rapaz fazendo cerveja em uma panela grande. Até então, a sommelier não tinha tido contato com cerveja artesanal.

“Fiquei encantada”.

Carreira promissora

Multifacetada, Mariana trabalhou com audiovisual antes de se dedicar exclusivamente às cervejas. Estudou por 2 anos em Portugal, onde fez um curso técnico e, ao voltar para o Brasil, fez alguns freelas na área, até começar a pensar na possibilidade de explorar sua experiência cervejeira.

“Me encantei tanto que quis mostrar para outras pessoas, daí surgiu o Confia na Mari. O intuito desde o início foi levar um bom conhecimento com uma boa qualidade”.

Mari conta que até hoje aprende com Guilherme, pois o mercado cervejeiro segue em constante atualização, então é necessário estar sempre estudando.

Leandro aproveita para opinar sobre como enxerga o cenário brasileiro: “A percepção que tenho é que o mundo da cerveja está nessa fase de descoberta”.

Confira nosso episódio anterior, sobre mitos e verdades do milho com Bia Amorim e Priscila Vanz

Trabalho com micro cervejaria regional

Em Bauru, cidade onde mora, Mariana é dona de um pub e destaca o trabalho local que faz com micro cervejarias como forma a movimentar o mercado cervejeiro do interior de São Paulo. Mas no início, a ideia não era muito bem essa.

“Comecei com uma loja, tinha bastante garrafa e só três biqueiras. Pensei em giro e não em clientes bebendo ali direto. Só que o lugar ficou tão aconchegante que as pessoas queriam ficar. Então aumentei as minhas torneiras de chopp e coloquei comida dentro do pub”.

Lud conclui que Mari faz um bom uso da máxima #BebaLocal ao utilizar o espaço que tem para promover parceiros. A sommelier destaca que todo mundo sai ganhando.

“O custo-benefício é bem melhor. As vezes o que tá aqui do nosso lado é tão bom do que uma cervejaria famosa de um lugar mais longe. Por isso prefiro dar preferência para cervejarias próximas porque o chopp é mais fresco e são cervejarias excelentes que precisam da nossa ajuda pra ter giro também, por isso minha ideia sempre foi trabalhar com regional”.

Quebrando barreiras e preconceitos

Produtora de conteúdo, Mari conta que ter mais essa faceta não é tão simples quanto parece, pois não é apenas postar uma foto bonita, criar conteúdo exige uma responsabilidade.

“A pessoa vai ver, acreditar e espalhar aquilo, então você tem que ter muito estudo porque senão numa bobeira você passa uma coisa errada e vira uma bola de neve”.

Produção de cerveja caseira

Após descobrir as cervejas artesanais com 23 anos, Mari começou a produzir sua própria bebida aos 25. E apesar de ser muito trabalhoso, exigindo muitas horas de produção, sempre teve muito prazer em produzir sua cerveja.

A home brewer conta que usa o tempo da produção para adiantar sua vida em outras funções, como arrumar e limpar a casa, e aproveita pra dar dicas pra quem tem interesse em se aventurar na produção de cerveja caseira.

“Eu comecei com panela de fogo e acho muito emocionante, mais do que com elétrica. Você tem que ficar toda hora em cima, controlando a temperatura porque você pode queimar. Quando você faz com muita frequência, eu indico equipamento automatizado, facilita muito a sua vida, mas no começo, vai no fogão mesmo. É legal ter essa experiência de fazer no modo hard, que demanda mais do seu tempo”.

“O tempo é praticamente o mesmo, a diferença é a praticidade. Pra quem mora em apartamento, eu recomendo o automatizado porque ocupa menos espaço porque o de fogo fica um pouco mais complicado pra quem mora em lugares pequenos”.

Gambiarras

Em uma produção caseira não pode faltar uma típica adaptação ou a famosa gambiarra mesmo, e Mari surpreendeu ao revelar o que não pode faltar na sua produção: presilha de cabelo.

Após quebrar a tampa da panela de vidro, o item é que salva sua cerveja, já que a utiliza para prender a mangueira. A sommelier lembra quando cometeu um erro e teve que usar da criatividade para não perder a produção.

“Eu tava fazendo cerveja e esqueci de colocar o cesto, mas só me toquei na hora de tirar o malte. Pra não perder a produção, peguei um balde, onde faço minha fermentação. Puxei com a boca pra passar pro balde, mas tava muito quente. Foi uma gambiarra loucona”.

Reutilização de levedura

Ao falar sobre reutilização de levedura, Lud lembra do papo com a Gabriela Muller, da LevTeck.

Ouça agora o episódio!

Mari destaca que não é complicado o processo e conta que o mais importante é a sanitização e o armazenamento correto para não desperdiçar o trabalho.

“O principal é você entender que pra reutilizar sua levedura, sua cerveja que você fez tem que estar boa, sem defeitos”.

Estilo perfeito

Para finalizar, a home brewer indica que para começar a produção caseira, é interessante escolher a Ale, que tem um processo menos complicado que a Lager por conta de um controle maior da temperatura.

Para o papo, Mariana escolheu uma Tijuana Bock, Lud foi de Duvel Triple Hop Citra e Leandro aproveitou uma Chocolate da Tupiniquim.

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