O mercado de cervejas sem álcool está em plena ascensão no Brasil e no mundo, impulsionado por mudanças no comportamento dos consumidores e por avanços na qualidade dos produtos. Marcas como a ETAPP Beer estão inovando e conquistando públicos que vão de atletas a entusiastas do bem-estar.
Neste artigo, exploramos as razões desse crescimento, o impacto das grandes cervejarias, a relação com o esporte e as perspectivas para o futuro da categoria. Será que a cerveja sem álcool veio para ficar?
Este episódio do Surra de Lúpulo é o segundo da série sobre Cervejas sem Álcool. No primeiro episódio, conversamos com Danniel Rodrigues, da Beba Luci, sobre os desafios e oportunidades desse mercado em crescimento. Agora, seguimos aprofundando o tema com Edu Andrade, da ETAPP Beer, para entender melhor o impacto e as tendências da categoria.
Vem conferir esse papo!
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Cervejas sem álcool: um fenômeno global que só cresce
🌎 O mundo está mudando, e os hábitos de consumo de bebidas alcoólicas também. Se antes a cerveja sem álcool era vista como uma categoria limitada, com poucas opções e sabores pouco empolgantes, hoje, pelo contrário, temos uma explosão de rótulos e estilos.
A geração Z tem sido apontada como uma das responsáveis por essa mudança. Jovens entre 18 e 25 anos estão bebendo menos álcool do que as gerações anteriores e buscando alternativas que combinem com seus estilos de vida. Mas não são só eles. Cada vez mais gente – de atletas a trabalhadores que querem curtir uma cerveja durante a pausa do almoço sem prejudicar o resto do dia – vem aderindo à tendência.
O Brasil não ficou de fora dessa revolução. Nos últimos anos, marcas especializadas surgiram, e grandes cervejarias passaram a apostar fortemente na categoria. E essa mudança vai além do nosso país: lá fora, celebridades e atletas também estão investindo nesse setor. O próprio Lewis Hamilton, campeão da Fórmula 1, lançou a Almave, a primeira tequila sem álcool do mundo, reforçando, assim, a tendência global de novas formas de consumo.
Cerveja sem álcool é cerveja de verdade? Desmistificando o conceito
Muita gente ainda torce o nariz para a ideia de uma cerveja sem álcool. Existe aquele velho preconceito de que beber uma cerveja sem álcool é como “dançar com a irmã” – ou seja, algo sem graça, sem emoção. Mas será que essa visão ainda faz sentido?
Edu Andrade acredita que o que realmente importa na cerveja é o sabor, e não o álcool. E esse é um dos grandes desafios do setor: mudar a percepção dos consumidores. Anteriormente, muitas cervejas sem álcool tinham um sabor artificial e pouco encorpado, o que afastava as pessoas. Hoje, todavia, com novas tecnologias e processos de produção aprimorados, já existem rótulos que oferecem a mesma experiência sensorial de uma cerveja tradicional.
“Se você vai beber pela experiência do sabor, por que não escolher uma sem álcool? Isso te permite aproveitar mais momentos, como tomar uma cerveja no almoço de segunda-feira, sem medo de comprometer o resto do dia”, destaca Edu.
Cervejas sem álcool e esportes: por que essa combinação faz sentido?
🏃♀️ Outro ponto interessante da conversa foi a relação entre as cervejas sem álcool e o público esportista. Será que investir nesse nicho faz sentido?
Se antes um atleta amador, por falta de opções mais viáveis, tomaria uma Brahma ou Antarctica nos finais de semana, ele não poderia se surpreender ao experimentar uma Dry Stout da ETAPP, cheia de aromas e sabores complexos? Para Edu, sim!
🏋️♂️ Desse modo, o mercado vem amadurecendo e mostrando que a cerveja sem álcool pode ser tão interessante e saborosa quanto qualquer outra, aliando-se também ao regramento optado por praticantes de atividades físicas diversas.
O mercado brasileiro de cervejas sem álcool e o papel das grandes marcas
Quando falamos em cervejas sem álcool, logo vêm à mente as gigantes do setor, como a Heineken e sua versão 0.0%. Longe de serem apenas concorrentes, no entanto, essas grandes marcas estão ajudando a construir um novo mercado.
“A Heineken tem, graças a Deus, um caminhão de dinheiro para ensinar as pessoas que dá pra beber Heineken Zero”, destaca Edu Andrade.
De modo que esse movimento tem um efeito cascata: quando o consumidor experimenta uma opção sem álcool de uma grande cervejaria e percebe que faz sentido, ele passa a buscar novas experiências similares. E é aí que entram as cervejarias artesanais especializadas, como a ETAPP.
Qual o futuro das cervejas sem álcool no Brasil?
Acredita-se que a ascensão das cervejas sem álcool pode ser explicada por dois fatores:
- Uma mudança cultural, com consumidores buscando hábitos mais saudáveis.
- A melhoria da qualidade dos produtos, tornando as cervejas sem álcool mais atraentes.
Nos Estados Unidos, a Athletic Brewing se tornou um dos maiores cases de sucesso, crescendo de uma marca desconhecida para uma das dez maiores cervejarias artesanais do país em pouquíssimos anos. Isso demonstra que o interesse não vem apenas da redução do consumo de álcool, mas também da percepção de que a cerveja sem álcool pode, sim, ser deliciosa.
Para Edu, não existe uma resposta única.
“Se as pessoas não estivessem dispostas a experimentar algo novo, não adiantaria termos um produto incrível. Mas, ao mesmo tempo, se o produto fosse ruim, ninguém se interessaria. Uma coisa impulsiona a outra.”
A verdade é que o mercado está em plena evolução. Se antes as cervejas sem álcool eram limitadas a poucos estilos simples, hoje elas trazem complexidade, aroma e sabor. O consumidor, cada vez mais exigente, está disposto a experimentar, desde que a qualidade acompanhe suas expectativas.
Conclusão: a cerveja sem álcool veio para ficar?
O crescimento do mercado de cervejas sem álcool não é apenas uma moda passageira. Ele reflete uma mudança real no comportamento do consumidor, que está cada vez mais atento à qualidade de vida e às opções disponíveis. 🍻
