O papo de hoje é com Lud, a IPAcondríaca, e Leandro Bulkool sobre os 10 anos do Mondial de La Bière, evento cervejeiro de muito sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo. No dia que esse programa entrar no ar, o evento estará acontecendo no Píer Mauá, RJ, com muita cerveja, música e confraternização. Ouça agora na íntegra:

✨ Deixamos o nosso agradecimento aos Mecenas Empresariais: Cerveja da CasaIris PayCervejaria UçáViveiro Van de Bergen, The Beer Agency, Prussia Bier e Passaporte Cervejeiro.

 

10 anos de Mondial de La Bière

 

pessoa segurando um pint com o nome do evento e, ao fundo, várias pessoas andando
Reprodução: Píer Mauá

Leandro: A primeira edição do Mondial de La Bière aqui no Brasil começou lá em 2013, e completa esse ano 10 anos de existência por aqui. E a gente decidiu esse nome, digo a gente como se eu estivesse envolvido no processo, mas ele leva esse nome porque já existia no Canadá e na França desde 1994. 

 

Lud: Agora, pra quem acha que as coisas foram simples pros gringos que chegaram por aqui, querendo organizar esse evento no Rio de Janeiro, olha, eles queriam que fosse no Pìer Maua, mas eles tiveram planos frustrados e moveram o evento para o Terreirão do Samba, um dos locais mais quentes do Rio de Janeiro.

 

Leandro: Imagina o Mondial de la Bière cheio de gente no calor do Rio de Janeiro! Mas na verdade, os planos do evento foram interrompidos pelo Magneto! Brincadeira, foi por causa das obras que aconteciam na região portuária do rio de janeiro, para as olimpíadas. O Eduardo Paes fez a demolição da Perimetral. E o que magneto tem a ver com isso? Alguém sumiu com todas as vigas de metal e isso até hoje não tem explicação. Mas além de derrubar a Perimetral, foi criado o Porto Maravilha, onde tem o Museu do Amanhã, o MAR, o píer, que hoje em dia é um centro de eventos e espaço.

 

Lud: Então em 2013, apesar disso, mais de 20 mil pessoas foram lá no terreirão do samba pra ver o que era esse negócio de cerveja artesanal, eu inclusive fui. Mas esses bebedores sedentos sofreram com o calor do verão carioca porque não tinha ar condicionado no local.  O copo desta edição, que eu ainda tenho em casa, era uma mini tulipa linda e a estampa era meio jateada, super elegante. Noi, Colorado e Bodebrown, Urbana, Invicta entre outras participaram dessa edição icônica e todo mundo ficou muito surpreso com a quantidade de público e cerveja vendida nos dias do evento.

 

Leandro: Cara, eu fico imaginando… O RJ não tinha uma visão muito fácil com cervejaria artesanal. Imagina o primeiro contato com essas marcas que não conheciam, o potencial de diferentes cervejas. E aí em campo que deu certo, a gente joga de novo. E a segunda edição aconteceu de novo no Terreirão do Samba. Mas botaram ar condicionado, Lud?

 

Lud: Botaram? Botaram, mas tinha gente à beça, né. Bom, com o sucesso estrondoso de 2013 a organização aumentou o espaço para os expositores em 30% e teve um público ainda maior, por volta de aproximadamente 25 mil pessoas. O copo nesta edição era um half pint, que eu também tenho! Quem foi desde o primeiro, vai lembrar da Kombi da Bodebrown. E quem vê o estande da Bodebrown hoje com 40 torneiras, não deve lembrar de quando eles vieram com, sei lá, quatro torneirinhas. 

 

Leandro: E a partir de 2015, o evento, finalmente, conseguiu estrear no Píer Mauá! Acabou a obra. A terceira edição foi marcada pela ascensão das cervejarias artesanais cariocas, tais como a Hocus Pocus, 3 Cariocas (hoje Carioca and Co), Motim entre outras.

 

Lud: Era um período de efervescência no Rio de Janeiro, em 2015. Neste ano, de 2015, já ocupava 2 armazéns do Píer Mauá e contou com mais de 800 rótulos de cervejas nacionais e importadas, e mais de 38 mil visitantes. O copo deste ano já é o que conhecemos atualmente.

 

Leandro: Em 2016, 4ª edição do evento, acho que foi a primeira vez que eu fui. Podemos dizer que o evento começou a atingir a sua maturidade e definitivamente fazia parte do calendário de eventos da cidade do Rio de Janeiro. A cena cervejeira se fortalecia não apenas na cidade maravilhosa, mas em todo país.

 

Foto do evento com diversos estantes e pessoas andando
Reprodução: Píer Mauá

Lud: Neste ano, em 2016, foram 12 mil metros quadrados, com 130 expositores e mais de 1000 rótulos de cervejas e também foi quando começou a época dos estandes gigantescos e mirabolantes. Valia tudo para chamar a atenção dos visitantes que lotaram o evento dia após dia.

 

Leandro: Nossa, eu lembro de um estande da Colorado gigante! Em 2017, tem treta e que viveu vai lembrar. O festival seguiu crescendo bastante com 3 Armazéns no Píer Mauá, mais um aumento na área expositora, que foi de 17 mil metros quadrados, com 50 mil visitantes aproximadamente, 163 expositores e mais de 1500 rótulos de cerveja. Esse volume de mamíferos, tem treta?

 

Lud: Tem treta, claro que tem treta! Tá tudo bem? Não. O copo dessa edição foi uma caldereta que vieram com duas demarcações de 100mL e 300mL. Só que a de 100mL estava errada! Rolou o maior bafafá na internet e a organização agiu rapidamente para trocar os copos e tentar compensar quem estava se sentindo prejudicado.

 

Leandro: Mas nem isso atrapalhou o brilho do evento, que já morava no coração do carioca. Cervejas não apenas do eixo Rio – SP vinham para o evento, mas de muitos outros estados do Brasil. Aí foi a loucurinha. Acho que foi nessa edição que eu bebi OverHop pela primeira vez. 

 

Lud: Em maio de 2018, o Mondial de La Bière, já super consolidado no Rio de Janeiro, chegou à cidade de São Paulo. Essa primeira edição na capital paulista teve o tamanho parecido com a primeira edição que aconteceu no Rio em 2013, ou seja, 4 mil metros quadrados, 60 expositores e muita cerveja para o pessoal provar. E eu posso dizer para vocês que eu estava lá também!

 

Leandro: Neste mesmo ano, para atender os ciumentos da cidade maravilhosa, rolou em setembro a 6ª edição carioca do evento, lá no Píer Mauá, novamente com stands chamativos e muita cerveja de todo país. Algumas estreias foram notadas neste ano, como a super hypada (na época, e ainda hoje) Dogma, de SP, e a super artesanal e potente Quatro Graus, do Rio de Janeiro.

 

Lud: Esse evento foi bem louco. 

 

Leandro: Nesse evento você já era sommelier?

 

Lud: Já, mas você sabe como eu sou em evento, cheiro os três primeiros copos e depois só quero ser feliz! Bom, em 2019, novamente dobradinha no RJ-SP, e o evento só crescia. O público já estava acostumado e esperava ansioso sobre quais cervejarias estariam no evento, quais seriam as cervejas exclusivas, quais seriam os stands mais bonitos e tudo mais. Acho que uma das maiores novidades deste ano foi o lançamento nacional da minha amada Lagunitas. Esse ano eu fui no evento apenas na abertura; peguei o mapa do evento e eu fui igual uma bala pro terceiro pavimento, e aí não achei a Lagunitas. Até que depois de muito rodar, meu amigo me fala “calma, tá no estande da ICB”, cheguei lá deitei na banheira, comprei coisa que nem poderia ter comprado e foi essa bagunça maravilhosa.

 

Leandro: Mas de onde vem o grande amor à Lagunitas?

 

Lud: Eu tinha experimentado Lagunitas na minha lua de mel com a minha esposa nos Estados Unidos.

 

Leandro: Que loucura foi aquela, 2020 o ano em que todo mundo ficou preso em casa. Se você não lembra desse ano, tá tudo bem. Pandemia, medo, incertezas e muita especulação. O Mondial de La Bière deu seu jeito de não estar longe dos seus fiéis amantes da cerveja artesanal e realizou o evento online com transmissão ao vivo pelo youtube de degustações, pockets shows etc. Para tanto disponibilizou a venda de 3 Box Experiência Mondial de la Bière com um copo exclusivo. Lud, você tem esse copo?

 

Lud: O desse ano não.

 

Leandro: Mesmo quem não comprou o box de experiência pôde aproveitar a transmissão ao vivo com painéis de gastronomia, degustação de cervejas e muita música. A gente já estava com o Surra de Lúpulo e batemos um papo com o Gabriel, né? Foi um dos primeiros programas, acho que foi o Surra de Lúpulo #10?

 

Lud: Não foi esse não, foi mais pra frente.

 

Leandro: E aí, cara, eu lembro que as pessoas tinham essa expectativa de que desse certo.

 

Lud: Em 2019 foi isso mesmo, muita distopia. Já em 2021, todo mundo ainda com muito medo da covid, mas com muita sede e saudade, viu a esperança brilhar nos olhos novamente, quando o Mondial de La Bière anunciou que realizaria o evento de forma presencial em um local menor, mas com mais áreas aberta para que as pessoas pudessem aproveitar o evento, mas de uma forma mais segura. A minha única observação aqui é que houve relatos de pessoas que ficaram muito gripadas depois do evento.

 

Leandro: E esse evento foi na Marina da Glória que tem uma das vistas mais incríveis do Rio de Janeiro, e o Mondial de La Bière renasceu e encantou os visitantes. A maioria das cervejarias do evento eram cariocas, e isso era de se esperar, num cenário onde havia muita incerteza no ar. Shows nos palcos localizados na área externa fizeram a alegria da galera que novamente mostrou a sede do carioca. Aqui vale dizer que teve essa catarse e para mim, essa catarse pode ser narrada. Os mamíferos entravam de máscara, ao longo que iam bebendo, iam tirando a máscara até chegar num ponto em que todo mundo estava se abraçando, emocionado e se reencontrando. 

 

Lud: Com a pandemia sendo controlada através da vacinação da população, mas ainda com um cenário muito devastador na cena cervejeira e no brasil inteiro, o Mondial de La Bière volta para sua 9ª edição no Rio de Janeiro, novamente na Marina da Glória e bem no meio da Copa do Mundo. Loucura total!

 

Leandro: Eles pegaram várias paixões de brasileiros e fizeram um mosto de música, cerveja e futebol. Mais um ponto para eles pela criatividade.

 

Lud: O mais triste foi que no dia do Mondial, foi o dia que o Brasil perdeu.

 

Leandro: Pra mim, esse ano foi muito especial porque a gente já tinha os mecenas, né?

 

Lud: Sim! Foi muito bacana essa experiência, é sempre sensacional encontrar com os mecenas. Bom, agora 2023, o que podemos esperar? Antes de mais nada, o retorno ao lar que o Mondial de La Bière elegeu como seu. De volta ao Píer Mauá com os 3 armazéns lotados de diversos expositores, muita música de vários estilos (samba, rock, pop etc). Vamos diversificar isso aí, hein! Hoje, no dia que esse programa vai ao ar, nós vamos descobrir como será esse ano icônico em que esse evento tão carioca chega aos 10 anos. Nós vamos estar por lá gravando conteúdo, revendo os amigos, bebendo cerveja e torcendo para que seja mais um grande sucesso. Leandro, como você acha que vai ser?

 

Leandro: Por ser no Píer, já espero mais opções, e naturalmente, mais gente – e mais gente quer dizer mais encontros. Que é uma das partes que eu mais gosto, receber recomendação de bebida. Também espero que seja um espaço mais inclusivo.

 

Lud: Acho essa questão de ser no Centro muito boa pela acessibilidade. Outra expectativa desse ano é que venham mais cervejarias do Brasil. E só pra vocês saberem, eu já garanti o meu copo comemorativo de 10 anos. E até onde eu sei, sábado já está esgotado. 

 

Leandro: A Lud vai estar lá na quarta, na quinta e na sexta. Eu estarei lá na quinta e na sexta.  

 

Lud: Esse programa foi um programa para apresentar o Mondial de La Bìere, sabemos que o evento pode melhorar, mas esse episódio foi uma celebração ao evento. E não esqueçam, bebeu cerveja, bebe água!

 

Leandro: Faz isso! Bebeu cerveja, bebe água. Se nos encontrar lá, chama a gente, a gente bebe juntos, conversa, tira uma foto.

 

Um bom evento para quem comparecer!

E para quem nunca foi e não conseguiu ir esse ano, temos um episódio do Surra de Lúpulo contando toda a nossa experiência.

 

 

 

📚 Fonte: Mondial de la Bière Rio chega à sua sexta edição!

✨ Leia também: Conexão Cerveja Brasil com Giba, da ABRACERVA

✨ Ouça também:  O passado e o futuro do Mondial de La Bière com Gabriel Pulcino

✨ O que bebemos durante o programa? Lud e Leandro bebem água.

Nana Ottoni

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