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Podcast “Surra de Lúpulo”, ep. 84: História da Escola Cervejeira Belga com Fernanda Meybom

ONDE OUVIR:
História da Escola Cervejeira Belga com Fernanda Meybom

História da Escola Cervejeira Belga com Fernanda MeybomNo episódio 84 do nosso podcast sobre cervejas artesanais, Surra de Lúpulo, vamos voltar no tempo e entender tudo sobre a História da Escola Cervejeira Belga com Fernanda Meybom. Após conhecermos a escola alemã no primeiro episódio da série feita pelo Surra, a sommelier e especialista vem contar mais sobre a Bélgica, país europeu.

História da Escola Cervejeira Belga

Situada na Europa e fazendo fronteira com a Holanda, Alemanha, Luxemburgo e França, a Bélgica tem uma vasta tradição na produção cervejeira. Localizado em uma área pequena, que de acordo com Fernanda é possível percorrer de carro em 8 horas, o país é multicultural, sendo influenciado principalmente por França e Holanda.

Ao longo dos anos, foi alvo de diversas invasões durante as guerras mundiais, onde as tropas ocuparam as cervejarias localizadas nos mosteiros.

Cervejaria Trapista

Uma das maiores tradições belgas relacionadas à cerveja, são as produções trapistas. A cervejaria, localizada em um mosteiro na fronteira da Holanda com a Bélgica.

No país, a cerveja é muito valorizada pelo seu aspecto cultural e histórico, palco de grandes revoluções e guerras.

As cervejas trapistas seguem regras rígidas em relação ao meio ambiente e contam com a extração de matéria-prima da comunidade ao redor dos mosteiros, seguindo a filosofia dos monges e fortalecendo a economia local.

“Quando a gente fala de cerveja trapista, a gente fala que todo o controle de produção é feito pelos monges. Além disso, tem que ser a atividade secundária do mosteiro, ou seja, eles produzem cerveja para subsidiar os custos do mosteiro, fazer obras de caridade e também para a International Traps Association. São alguns monastérios que fazem parte dessa associação, que foi criada após a Segunda Guerra Mundial.”

Após o sucesso das cervejas, precisou-se proteger a produção, estabelecendo o selo trapista, utilizado para identificar os produtos dos monges desta Ordem.

Saiba tudo sobre a Escola Cervejeira Alemã!

Podcast “Surra de Lúpulo”, ep. 82: História da Escola Cervejeira Alemã com Káthia Zanatta

Levedura Belga

Um dos aspectos mais importantes de sua produção cervejeira, a levedura belga é destacada devido à dedicação de tempo utilizada para pesquisar e aprimorar o uso dos micro-organismos que aparecem após a fermentação.

“Tu muda a receita, o tipo de malte, a temperatura da fermentação. Só que eles se dedicam tanto a estudar a levedura que eles sabem até o ponto que eles podem ir nessa temperatura.”

Principais estilos cervejeiros da Escola Belga

Fernanda conta que, de um modo geral, nas cervejas belgas o destaque vai para as especiarias e frutados utilizados, em vez do lúpulo.

“Não vai ser o amargor em destaque como uma IPA americana.”

Em seguida, a sommelier cita e explica um pouco sobre os estilos cervejeiros.

Blonde Ale tem uma levedura marcante. É a cerveja básica dos monges, frutada e com especiarias.”

 

Dubbel surgiu nos monastérios. Tem maltes escuros e sabor de chocolate e frutas secas, mas não é doce.”

 

Trippel é uma cerveja clara, com maltes claros, biscoito, casca de pão, especiarias, frutas secas e um pouco de cravo e pimenta.”

 

Golden Strong Ale é sequinha.”

 

Belgian Ale é clássica. Inspirada na Pale Ale inglesa, mas com um temperinho de levedura.”

Há ainda as cervejas Lambic, bem tradicionais no país.

“A Lambic é ácida, mais frutada e com sabores que remetem ao couro, a cogumelos…”

Tem ainda as Lambics doces, como se fossem champanhe, mas não tão carbonatadas. São feitas em Bruxelas durante as estações frias. Com fermentação espontânea e produzidas em barril, tem até 25 anos de validade.

Cerveja x vinho: importância cultural

Com fronteiras com a Alemanha, tradicional escola cervejeira, e com a França, famosa por seus vinhos, a Bélgica viu a cerveja dominar o paladar do povo. Fernanda explica que esse domínio tem muito a ver com a agricultura e a disponibilidade da matéria-prima na região.

“Na França, você tem o cinturão do vinho, onde era possível desenvolver a uva mais facilmente. Com isso,  o vinho ganhou sua importância. A partir da Bélgica, a gente tem a região dos cereais. Você passa e vê plantação de lúpulo em qualquer parte do país praticamente. Historicamente, a matéria-prima influenciou os lugares que seriam as grandes produtoras de determinadas bebidas.”

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