Já ouviu falar desse paraíso tropical em plena Costa Verde que é o Saco do Mamanguá? Estou voltando pras dicas de viagem, agora com essa do único fiorde brasileiro (eu também não sabia o que era um fiorde, mas você encontra a descrição aqui). Localizado na região de Paraty, o Saco do Mamanguá é realmente a definição de paraíso tropical e é uma visita imperdível. As águas são calmas e claríssimas, cercadas por uma mata super frondosa. Também ouvi dizer que tem mangue e cachoeiras, mas euzinha não tive tempo de ver nenhum deles.
O que saber antes de ir:
- Lá não tem sinal de celular, em lugar nenhum, então alugue uma casa com wi-fi ou aceite o detox digital;
- Mesmo nas casas que o possuem, o wi-fi da região não é grandes coisas, então se prepare para tirar umas férias do instagram e do tiktok;
- Lá também não tem mercado. Lembre-se de comprar tudo o que vai precisar durante estadia, incluindo produtos de higiene pessoal, remédios, e produtos de limpeza, se a casa que você escolheu não oferecer.
Como chegar no Saco do Mamanguá?
Saindo do Rio ou de São Paulo, o melhor caminho é indo de carro até Paraty-Mirim e, de lá, pegando um barco para o local onde você for se hospedar. Do centro de Paraty, também é possível encontrar barcos que fazem o trajeto, mas de Paraty-Mirim é mais perto. Dentro do Saco, o transporte é só por trilha, de barco ou remando, se a sua casa ou pousada contar com aluguel de caiaque, canoa ou stand up.
As trilhas nem sempre estão boas. Durante a nossa visita, em julho de 2023, soubemos que estavam pouco viáveis para trilheiros menos experientes, de modo que não recomendaria esse modo de locomoção. Os barqueiros ficam ancorados aos montes no deck de Paraty-Mirim. Ali você pode combinar um valor para os trajetos que precisar fazer. Algumas casas e pousadas também têm barqueiros vizinhos de confiança, cujo trabalho recomendam para quem se hospeda com eles. O preço mais barato que vimos foi de R$150 por trajeto.
Quem já tem o hábito de remar, também pode levar ou alugar caiaques, pranchas e canoas. Aos menos experientes, recomendo fortemente que apenas façam trajetos de curta distância. Embora o mar seja em geral bem tranquilo por aquelas bandas, o vento varia muito ao longo do dia e, quem não tem muita experiência, pode acabar não conseguindo completar a jornada. Viajamos com um professor de canoa havaiana e campeão de stand up paddle que nos contou que mesmo ele, quando competia no sup, quase ficou preso numa praia vizinha, quando o vento mudou no meio do trajeto. Então, repito, cuidado!
Onde se hospedar no Saco do Mamanguá?
O Saco do Mamanguá é todo bem pacato. Talvez por isso tenha ganhado aqui o apelido de paraíso tropical. Mas, na minha visita, a margem direita me pareceu, por ser mais próxima de Paraty-Mirim e ter o acesso mais fácil por meio de trilha, um pouco mais badalada. A margem esquerda, por ter o acesso mais complicado, me pareceu um pouco mais tranquila. Mas isso foram só minhas impressões. Eu me hospedaria facilmente em qualquer uma das duas margens.
Eu fiquei hospedada na casa Vila Mamanguá, na margem esquerda. A casa abriga sete pessoas – cabem até oito – confortavelmente, é super equipada e perfeita pra viajar com a galera. A vista é linda e a proprietária é simpaticíssima e foi super solícita ao longo de toda nossa estadia. O único ponto negativo é o acesso. Embora a casa seja descrita no Airbnb como “pé na areia”, uma longa escada separa a areia da casa. Na chegada, é perrengue para subir com as compras, especialmente se você estiver naquele cansaço pós-viagem.
Nossos amigos ficaram no Cabanon, uma casa bem mais chique, com pé verdadeiramente na areia, localizada na margem direita. A casa tem uma infraestrutura incrível e o banheiro mais bonito que eu já vi na minha vida, além de não ser tão mais cara que a nossa. O ponto negativo é que o proprietário foi zero solícito e chegou a ser muito grosso com a nossa amiga. Não recomendo a casa só pelo stress que ela acabou passando.
O que fazer no Saco do Mamanguá?
No Mamanguá, a vibe é relaxar. Ideal é viajar com uma galera, juntar os amigos, curtir a praia, fazer um churrasco de frutos do mar – compramos peixe em Paraty, na Peixaria Caiçara e fizemos um churrasco delicioso –, jogar jogos e desacelerar! É o melhor lugar pra desconectar e curtir a natureza!
Minha visita foi pra participar da prova Swim Run Brasil, que também recomendo fortemente aos atletas que acompanham essa coluna.
Pra comer no Mamanguá:
Dessa vez eu falhei na minha missão de blogueira gastronômica e, talvez pela primeira vez na vida, não tenho nenhuma dica gastronômica pra dar. O Restaurante do Dadico nos foi muito recomendado. Mas como toda locomoção envolvia uma hora de remada ou um investimento de uma boa grana no pagamento do barco, não valeu a pena pra gente. Acabamos cozinhando apenas em casa e ainda assim comemos muito bem!