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Podcast “Surra de Lúpulo”, ep. 05: entrevista com Jessica Lopes, da “Roleta Russa”, sobre marketing no Mercado Cervejeiro

ONDE OUVIR:
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No episódio 05 do nosso podcast sobre cervejas artesanais, Surra de Lúpulo, conversamos com a sommelier Jessica Lopes, responsável pelo marketing da cervejaria “Roleta Russa”, e criadora de conteúdo digital. Aproveitamos para falar sobre rótulos e o mercado cervejeiro.

Conteúdo Digital e Sommelier

Para Jessica, é impossível separar uma coisa da outra pois todas são partes dela. Chegando a trabalhar mais de 14 horas por dia, ela exerce todos os tipos de tarefas, desde a manutenção das redes sociais com a criação de conteúdos até o trabalho como sommelier.

“Adoraria dizer que é tudo lindo, mas não é. Eu trabalho com coisas superdistantes: do chão de fábrica de uma cervejaria até o mundo das redes sociais”.

História

Aos 26 anos, Jessica experimentou sua primeira cerveja durante uma viagem para Curitiba, polo importante de cervejas artesanais. Ela conta que não gostava de cerveja por só conhecer as marcas mainstream e, mesmo sem ter gostado da primeira artesanal que experimentou, algo despertou sua curiosidade.

Começou então a procurar mais sobre o assunto, pesquisando opções de bares que servissem, e mercados que vendessem cervejas artesanais. A paixão cresceu tanto que ela levou o tema para o seu TCC na faculdade. Com isso, teve acesso a mais literatura de cerveja e conheceu outras pessoas com o mesmo interesse.

Em 2016, fez o primeiro curso profissionalizante de sommelier de cerveja pelo “Instituto da Cerveja”, e não parou mais. Estudou tecnologia avançada e fez especialização em harmonização, até que foi chamada para trabalhar na “Cervejaria Imigração” e depois na “Roleta Russa”.

Mercado Cervejeiro

Leandro lembrou do episódio 2 do nosso podcast quando entrevistamos o cervejeiro Baruffa, sócio da OverHop, e falamos sobre a quantidade de marcas novas e a importância do amadurecimento das marcas existentes.

Ouça o episódio 2 do podcast!

Experiência, Rótulo e Sabor

 Conversamos sobre o rótulo ser mais importante do que o próprio sabor da cerveja. Para Jessica é um conjunto das duas coisas: você pode ter uma cerveja incrível, mas se tiver um rótulo horrível, não vai atrair o cliente. Funciona da mesma maneira se o rótulo for bonito, mas a cerveja não agradar.

Também vale muito a experiência que a cerveja proporciona, o que ela traz de diferente: um aplicativo, uma interação, uma experiência de fato. As marcas estão entendendo que precisam ser um conjunto de tudo isso. Primeiro a gente começou a educar o consumidor e agora a gente precisa dar um passo além. Para ela, o mercado ainda é muito jovem, mas está em constante processo de amadurecimento.

Tampa Flip Top

Leandro perguntou sobre uma das marcas registradas das cervejas da “Roleta Russa”: a tampa flip top. Jessica contou que a ideia surgiu na criação da marca e  existe desde a primeira garrafa.

Os donos da cervejaria são dois irmãos com ótimas sacadas de marketing. A marca surgiu em 2014 trazendo cervejas extremas com adição de lúpulos fortes e diferentes. Era literalmente uma roleta russa já que o mercado era muito inexperiente.

Para Jessica, o artesanal está muito mais no propósito e na preocupação com o produto final do que em ter uma fábrica grande ou pequena:

“Por mais que a gente cresça no mercado, a mão do artesanal ainda tá lá dentro da fábrica.”

Mídias Sociais

Lud quis saber um pouco mais sobre o público das redes sociais. Jessica diz que no início seu público não sabia nada sobre cerveja artesanal e que chegava a perder seguidores ao postar conteúdos referentes ao tema. Mas por acreditar no propósito, foi conquistando aos poucos seguidores que gostam de cerveja:

“Hoje tenho um público interessado em cervejas artesanais. Ainda é a minoria, mas eles aceitam muito melhor pois faz parte da minha rotina. Foi bacana ver as pessoas começarem a beber cervejas artesanais por influência minha”.

Desconstrução e Machismo

Para Jessica, o público ainda é predominantemente masculino e tudo ainda é uma construção diária. As próprias cervejas mainstream estão preocupadas em se posicionar e as mulheres obviamente não querem de forma nenhuma que isso retroceda.

“Acho que a gente vai seguir falando por muitos anos sobre isso, mostrar nosso lugar. Estamos fazendo história”.

Para acompanhar o nosso papo, Jessica bebeu uma Breakfast Stout da “Founders Brewing”, Lud uma Hoppy Fix da “Cervejaria Motim, e Leandro uma Bandita da “Cervejaria Mohave”.

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